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Criatividade é muito mais do que arte, criatividade é um processo!

Neste artigo o Raúl Javales Jr traz uma análise com excelentes insights sobre a Criatividade e o Processos Criativo.

 

Quando se pensa em criatividade imagina-se que a pessoa criativa é um artista ou uma pessoa capaz de fazer um quadro legal ou tirar uma fotografia excepcional.

De fato, todo mundo que tem a capacidade de criar para a arte tem um lado criativo muito forte, mas nada impede de desenvolver a criatividade em vários outros segmentos e aplicações.

E é sobre isso que eu quero conversar com você hoje.

Vamos juntos falar sobre criatividade?


 

Quando se pensa em criatividade imagina-se que a pessoa criativa é um artista ou uma pessoa capaz de fazer um quadro legal ou tirar uma fotografia excepcional. De fato, todo mundo que tem a capacidade de criar para a arte tem um lado criativo muito forte, mas nada impede de desenvolver a criatividade em vários outros segmentos e aplicações.


O início do processo criativo acontece ao trabalhar com o conhecimento que você já tem e preparar a sua mente para olhar de maneira diferente para uma situação do cotidiano ou um problema, que você e sua empresa enfrentam e não conseguem resolver.

E para avançar no processo é necessário entender o todo, ou seja, você precisa entender de maneira robusta para O QUE você está olhando, mergulhando ao máximo no problema que você tem. Dessa forma, você vai conseguir separar o problema em partes menores e decidir pontualmente o que é mais crítico ou não, naquele momento.

Esse processo que acabei de descrever para você tem como base a teoria de Gestalt, um termo da psicologia que foi disseminado na década de 1920 e co-criada por grandes pensadores como Max Wertheimer, Immanuel Kant, Ernst Mach e Johann Wolfgang von Goethe.


Resumidamente, essa teoria evidencia que o olho humano percebe um objeto, situação ou problema como um inteiro antes de perceber suas partes individuais, isso acontece porque o nosso cérebro organiza as informações sensoriais em padrões e estruturas, e tendemos a perceber esses padrões como objetos completos e distintos, ou seja, automaticamente preenchemos os “gaps” para compreender o TODO de maneira mais rápida.





Dito isso, para dar continuidade ao processo eu destaco a importância de partir para a busca de referências em ambientes não tradicionais.


E acho que você já captou a ideia do quanto essa etapa é importante para criatividade, certo? Se ainda não...


Vou detalhar mais pouco e te explicar o que eu estou querendo dizer com um case que eu vivenciei com um grande amigo e uma pessoa fantástica de design o Edson Matsuo.


Eu e o Matsuo, que na época trabalhava na Grendene S/A sempre trocamos figurinhas, um belo dia ele chegou para mim com o fone de ouvido intra auricular, destacou a borrachinha e me perguntou: “O que você está vendo, Raul?” Prontamente eu apertei o silicone e respondi:

“Um fone de ouvido 😁”

Ele continuou me instigando: “Não, extrapola as ideias Raul, vai além…”

E continuei: “Eu vejo uma peça de silicone fofinha”.

E então ele me lança uma pergunta importantíssima quando falamos de criatividade: “O que você SENTE ao apertar essa peça?”

Respondi: “Eu sinto conforto.”

“E o que acontece quando você solta a peçinha?”

“Ela volta para a posição original.”


Naquele momento nós estávamos falando de duas propriedades mecânicas muito interessantes do material: ele era macio e resiliente.


A partir desse papo nós entendemos que esse material poderia servir para compor alguma parte de uma vestimenta, seja uma roupa ou calçado, pois o material trazia conforto, não deformidade e durabilidade.

Ou seja, o Edson buscou no fone de ouvido intra auricular uma referência de conforto para aplicar na área da moda.

Vocês perceberam a provocação de olhar a situação ou um problema por um outro prisma?

Eu que me considerava um bom observador, passei a ser muito mais “Gestalt” a partir daquele dia.

O Banzai, como chamamos o Matsuo, tem uma forma muito provocativa e inusitada de desenvolver nossa capacidade de olhar o mundo por outro prisma, ele chama de "Perguntas Silenciosas” e responde uma pergunta minha, com outra pergunta.

Pois bem, as Perguntas Silenciosas aguçaram e aguçam a minha curiosidade e a busca pelo novo.


Se você está resolvendo um problema na área de metalurgia, procure referências na moda. Se você está resolvendo um problema na área da saúde, procure referências na engenharia.

Se questione:

🛎️ Será que eu consigo ter outras referências para uma situação como essa?

🛎️ Será que eu consigo trabalhar esse problema, desafio ou solução com foco diferente?

Por fim, olhe de uma forma diferente para as coisas no seu cotidiano, tenha uma visão clara sobre aquilo que você está se aprofundando e crie coisas novas!

O céu não é o limite! E, em breve, vamos continuar o nosso papo sobre o processo criativo.

Enquanto isso, comece a procurar referências em áreas diferente, e se você já está afiado nisso compartilha comigo quais foram as referências mais inusitadas que você aplicou na sua área e quais os resultados desse movimento.


Eu sou o Raúl Javales Jr um executivo com visão de Designer sobre o mundo!

Estratégia, Inovação, Modelos de Negócios, Complexidade, tudo relacionado a criar novas oportunidades, faz parte do meu mundo, e eu estou aqui para compartilhar isso com você. Minha inquietude e inconformismo me faz recriar diariamente estratégias, caminhos e histórias.


Vamos juntos?

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